sexta-feira, 6 de maio de 2011

Não se engane pela potência do motor do seu carro, ele pode estar emitindo mais CO2 do que você imagina...

Você sabia que um carro 1.0 pode emitir mais CO2 que um com motorização 3.0? Apesar de surpreendente, o BMW Série 5, de 306 cv, despeja no ar 178 gramas desse gás por quilômetro rodado, 4 gramas a menos que o Ford Fiesta 1.0, cuja potência é de 73 cv. Os números fazem parte dos dados de emissões de 440 modelos fornecidos pela consultoria Jato Dynamics.

Embora não seja nocivo à saúde humana, o CO2 (dióxido de carbono) está ligado ao fenômeno de aquecimento global. Se suas emissões não caírem, a Organização das Nações Unidas estima que a temperatura do planeta aumente 4 ºC até 2100. Segundo o Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa, divulgado em abril pela Cetesb, houve um aumento de 15,4 milhões de toneladas de CO2 em 18 anos no estado de São Paulo. Só em 2008, foram lançadas 34,8 milhões de toneladas. Mais da metade disso veio dos automóveis.

O tamanho do motor não tem, necessariamente, relação direta com emissões de CO2. Com 77 cv, o Logan 1.0 despeja no ar 4 gramas a mais de CO2 que o Audi A4 2.0, com 214 cv. Um Toyota Hilux SW4 2.7, com 158 cv, ultrapassa em 40 gramas o CO2 produzido por um Mercedes Classe S 63 AMG, com 544 cv.

Veja abaixo o infográfico:


FONTE: Planeta Sustentável/Canal VG
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Aço inoxidável oxida!

Sim, pode parecer contraditório, mas é isto mesmo. Todo aço inoxidável, está na verdade oxidado.
Mas se é inoxidável, como ele está oxidado?

Para entender como é isto é possível, vamos primeiro entender o que é a oxidação, ou, como é conhecido popularmente, a ferrugem.

A ferrugem é na verdade a reação da água e do oxigênio do ar com o ferro, formando óxido de ferro.
Vejamos a equação geral da oxidação do ferro:

Fe(s) → Fe2+ + 2e- (oxidação do ferro)
O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- (redução do oxigênio)
2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe(OH)2 (equação geral da formação da ferrugem)

Esta reação é espontânea, e a unica maneira de evitá-la é impedindo o contato destas substancias.

O oxido de ferro formado tem uma aparência nada agradável, com o ferro perdendo suas propriedades, perdendo rigidez, vindo até mesmo a "esfarelar". Isto acontece porque o oxido de ferro formado é poroso, permitindo a passagem de ar e água para o interior do material, se oxidando por inteiro (motivo pelo qual materiais construídos utilizando o ferro recebem uma camada de proteção externa - banho de estanho, tintas impermeáveis, etc..).


Material Enferrujado
Aço Inoxidável




O aço inoxidável, contém além de ferro e carbono, significativas doses de cromo, níquel e molibdênio.

E o segredo está justamente aí. Quando o ferro inoxidável entra em contato com o oxigênio e a água, é formado também óxido de cromo. Diferente do óxido de ferro, o oxido de cromo forma um camada extremamente fina, invisível e impermeável. A água e o oxigênio não conseguem penetrar por esta camada, o que impede que o processo de oxidação continue.

Muitas vezes, ao realizar a limpeza de materiais de aço inoxidável, esta camada protetora de óxido de cromo é removida, mas em contato novamente com água e oxigênio, esta camada é novamente formada e a reação descontinuada novamente, preservando a integridade do  material.
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sexta-feira, 18 de março de 2011

A busca pela anti-matéria

Quem assistiu "Anjos e Demônios" deve se lembra daquela bomba de anti-matéria que foi usada na trama do filme. Isso realmente existe? Até onde é verdade? E afinal de contas, o que é essa tal de anti-matéria?

A anti-matéria é exatamente igual a matéria, só que com carga oposta. Por exemplo um elétron formado por matéria, que tem carga elétrica negativa, seu correspondente formado por anti-matéria é exatamente igual, tem a mesma massa, porém com carga positiva, e é conhecido como pósitron.
Um átomo de hidrogênio, formado por matéria, é composto de um próton e um elétron. Um átomo de anti-hidrogênio é formado por um anti-próton e um pósitron.



Caso a anti-matéria e a matéria entrem em colisão, elas explodem instantâneamente e é liberada uma carga de energia maior do que qualquer outra fonte conhecida atualmente. Para efeito de comparação, a queima de 1kg de petróleo gera uma energia de 4,2E+07J, a fusão de 1kg átomo de hidrogênio (energia nuclear) gera 2,6E+15J, já a reação de 1Kg de anti-matéria com 1kg de matéria produziria 1,8E+17J. Portanto sim, a bomba de anti-matéria é totalmente factível. Um pequeno detalhe porém impede que isto aconteça rotineiramente, o mesmo que impede que ela seja utilizada como um grande gerador de energia elétrica capaz de abastecer milhões de pessoas: onde encontrar a anti-matéria?

Quando ocorreu o Big Bang, estima-se que quantidades iguais de matéria e anti-matéria foram formados, porém o nosso mundo, como o conhecemos, é formado unicamente por matéria. E onde foi parar toda esta anti-matéria? Este é um dos maiores mistérios da física na atualidade... E é em busca desta explicação que está o LHC (Grande Colisor de Hádrons - na sigla em inglês), entre outros objetivos.

O LHC é um acelerador de partículas, que a grosso modo, simula as condições da época em que o nosso universo foi formado. Ele também é capaz de produzir anti-matéria e armazená-la por tempo suficiente e em quantidades suficientes para realizar os estudos necessários. Só que esta quantidade está na ordem de alguns picogramas (1 picograma = 1,0E-09g). Portanto, ainda uma fonte de energia de cara e difícil obtenção, ainda...
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